segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I Concentração de Tunning do Chão Pardo





















O fenómeno do Tunning em Portugal reflecte o que se passa à já várias décadas em países como os Estados Unidos e Japão (os pioneiros desta modalidade). Este conceito apesar de se fazer notar só muito mais tarde entre nós, já arrasta por cá verdadeiras multidões de aficionados desta prática, que traduzida à letra, significa “a afinação, optimização ou personalização" de carros.

Desta feita foi a vez do chão Pardo aderir ao fenómeno e na verdade esta I concentração de Tunning na localidade portomosense proporcionou uma autêntica parada de excentricidade, originalidade e orgulho em volta dos originais veiculos de quatro rodas.

Com uma organização exímia, foi inquestionavelmente o evento que mais atraiu visitantes jovens à localidade, desde sempre. Foram centenas os visitantes que no fim-de-semana afluíram para participar no concurso, ora para exibir as suas as peças de arte únicas, adaptadas para mostrar a sua performance singular, ora para observar as rodas, os neons, os pára-choques, os pneus, as alterações no motor para uma potencia deveras aumentada, a originalidade dos interiores, a carroçaria, tubos de escape e os potentíssimos sistemas áudio.

A noite de sábado estendeu-se até ser dia num convívio fraterno entre os vários participantes, na sua grossa maioria já conhecidos entre si, tal é o seu apego a esta forma de vida e aos seus veículos, que os empurra para os quatro cantos do país (e da Europa, sobretudo Espanha), para exibir os meninos dos seus olhos onde investem tudo o que tem (afectos, dinheiro, mecânica, tecnologia…). A proveniência de alguns participantes isso o demonstra, vieram de Braga, Porto, Gaia, Aveiro, Tábua, Vale de Cambra, Pombal, Leiria, Marinha Grande.

Um dos momentos altos da noite de sábado, foi sem dúvida o desfile até ao centro do concelho de Porto de Mós de dezenas e dezenas de automóveis onde os neons foram reis e senhores. Tudo devidamente acompanhado pelos agentes da autoridade.

No domingo, antes da entrega de prémios, foram os sistemas de som e os raters a ser protagonistas. E que protagonismo, a julgar pelo ar divertido ou espantado que a assistência mostrava.

Os grandes impulsionadores deste evento, o João Victor Santos, O Marcelo, o André, entre outros, movidos pela paixão que nutrem por esta modalidade, arregaçaram as mangas e tudo fizeram para fazer acontecer este evento sob os preceitos da legalidade e transparência. Constituíndo para o efeito, aquele que é o Clube de Tunning do Chão Pardo, (C.T.C.P) pertencente à Associação Cultural e Recreativa local.

Seja-se ou não apreciador deste tipo de carros modificados até ao tutano, seria ingrato que não se reconhecesse à organizaçãoo mérito por tal feito, o afinco e o brio com que o levaram a cabo. Estamos certos que todos os choapardeiros apreciaram esta incitativa que continuará certamente ano após ano a firmar nome neste tipo de
certames, correndo o risco de se tornar numa das concentrações da região centro a colocar na agenda de todos os amantes da modalidade.

Sem excepções, um bem haja a todos os concorrentes e visitantes que nos honraram com a sua participação.

A organização pretende criar uma página no facebook e no Hi5 para que os mais aficcionados possam comunicar entre si. Assim que os endereços electrónicos estiverem constituídos,será disponibilizada essa informação, onde poderão trocar fotografias, videos e até mesmo opiniões ligadas ao evento e à prática em geral.

Quem quiser pode optar por deixar aqui o seu comentário, ou tornar-se nosso seguidor.

Fotografia e texto: Cláudia Gomes & Luís Ascenso

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

I Feira de Doces e Licores







Realizou-se do dia 19 de Setembro de 2010 a primeira feira de doces e licores do Chão Pardo.

Contou com várias dezenas de participantes, grosso modo Chãopardeiros que ofereceram sobretudo bolos e licores caseiros. Várias pastelarias de terras circunvizinhas ofereceram bolos sortidos que vieram enriquecer ainda mais o evento.

Realizado durante toda a tarde de domingo, foram várias as pessoas que lá se deslocaram para provar as aguardentes, a ginjinha do Trovisco, o abafadinho do Sr. António Areias, o licor de laranja do Mário Sá, a tarte de morango, de manga e de chocolate da Florbela, o chá de ervas e outras especialidades.

Alinhadas e engalanadas, as mesas foram dispostas em forma de quadrado para facilitar a observação dos vários doces e licores. Foram eles o mote para uma tarde de convivío entre os vários provadores, aos quais se deixa desde já, por parte da direcção, o maior dos agradecimentos e votos de que para o ano se multipliquem os sabores e os apreciadores.

Fotografia e texto: Cláudia Gomes

NOVA DIRECÇÃO

Nova Direcção

Em finais de Maio de 2010, fruto de vicissitudes várias, os corpos dirigentes da Associação Cultural e Recreativa do Chão Pardo, apresentaram a sua demissão. Motivados por algumas divergências no que concerne à gestão dos parcos recursos humanos e financeiros que sobretudo o serviço de bar da associação implica mensalmente, a ruptura foi inevitável.

Parte dos órgãos dirigentes da direcção recém renunciante uniu esforços e constituiu nova direcção. Constituída para garantir todos os compromissos financeiros e recreativos (e desportivos), os elementos desta nova direcção apresentam uma média etária a rondar os trinta anos.

Certo é que o destaque destes novos corpos gerentes, é o facto da direcção ser entregue pela primeira vez na história desta associação a uma mulher. Trata-se de Ana Sofia, natural desta localidade, que desde sempre manifestou um grande espirito associativista, colaborando nas várias iniciativas organizadas pela A.C.R.C.P. independentemente de fazer parte ou não dos corpos gerentes.


A todos se espera que prossigam um bom trabalho em prol da localidade. A todos se pretende que continuem a comparecer quer nas iniciativas recriativas e desportivas, quer no café-bar.

Orgãos sociais 2010/2011

Direcção

Presidente - Ana Sofia Santos
Vice-presidente - Mário Henrique Moas de Sá
Secretário - Luís Miguel Grosso
Tesoureiro - Mário Henrique Moas de Sá
Vogal -Marcelo José Matos dos Santos

Conselho Fiscal

Presidente - Tânia Filipa Almeida Freitas
1º Vogal - Carlos Filipe Pereira Gerardo
2º Vogal - Pedro Marques

Assembleia Geral

Presidente - Ricardo Rodrigues
Vice-Presidente - José Fidalgo Rosa
Secretário - Carla Fidalgo Figueiredo Cabral
Vogal - Carlos Filipe Pereia Gerardo


Texto: Cláudia Gomes

Iº Passeio de Ciclo Turismo do Chão Pardo









O primeiro passeio de ciclo turismo da A.C.R.C.P realizou-se no dia 25 de Abril de 2010. A concentração dos ciclos turistas foi na sede da associação às 9 da manhã.
Vestidos a preceito, com indumentárias tão diversificadas quão originais houve equipamentos desportivos a fazer lembrar os primórdios do século XX com as tão em voga pasteleiras como protagonistas.

Foram cerca de 20 participantes,com vários modelos de bicicletas presentes, quase todos moradores do Chão Pardo ou com graus de parentesco a uni-los à terra, desde os 12 aos 70 anos de idade.

A volta seguiu mais ou menos o circuito anunciado: Chão Pardo, Moitalina, Porto de Mós, Batalha (onde foram oferecidas águas e bananas a todos os participantes), Calvarias (de Baixo e de Cima), Casais Garridos e novamente Chão Pardo.

Foi uma manhã onde além da boa disposição e espírito de equipa, imperou um certo orgulho pela presença de cada um em prova e na localidade do Chão Pardo, por tal iniciativa.

Fotografia e texto: Cláudia Gomes & Luis Ascenso

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

QUANDO UM GRUPO SE JUNTA EM PROL DA A.C.R.C.P.

Desde a sua fundação em 1995, que o clube tem assistido a um desfilar de direcções, com uma periodicidade bianual para erguer aquela que é a obra mais emblemática da localidade.

Fruto do investimento integral dos chaopardeiros, que uniram esforços e verbas entre si, para adquirirem o terreno, edificarem, a expensas suas o edifico sede que contempla um café, um pavilhão gimnodesportivo coberto, cozinha, balneários, anexos, parque de estacionamento, entre outros espaços de convívio.

Face o avultado investimento e o reduzido numero de habitantes com disponibilidade financeira para assumirem tantos encargos, e para evitar que o projecto ficasse congelado, foi contraído um empréstimo bancário, que tem sido honrado desde então.

O crescimento do clube tem sido gradual, com períodos de franco investimento das direcções na sua melhoria e qualificação, intercalados de períodos de alguma estagnação nas obras de construção sede da A.C.R.C.P.

Um dos períodos de maior valia foi o coincidente com o da a actual direcção, encabeçada pelo Eliseu Fidalgo, que com a sua equipa, conferiram ao edifico sede o aspecto atractivo que hoje apresenta.

Os encargos daí adjacentes são consideráveis e para os cumprir a direcção dilatou por mais um ano o seu mandato e os seus préstimos.

Os apoios públicos a esta obra tem sido pontuais e irrisórios, comparativamente ao investimento efectuado pela população local.

Perante esta realidade, torna-se imprescindível a colaboração de todos: cada qual tem a sua cota parte, seja na melhoria das instalações, seja na organização e participação dos vários eventos, seja no patrocínio das várias obras que ainda há a realizar, nomeadamente o equipamento dos balneários e da cozinha.


ORGÃOS SOCIAIS PARA 2010


Direcção:

Presidente - Eliseu Manuel Coelho Fidalgo
Vice-presidente - Manuel Domício Coelho Fidalgo
1º Secretário - Luís Miguel Correia Ascenso
2º Secretário - Ana Sofia Peralta dos Santos
Tesoureiro - Mário Henrique Moás de Sá
1º Vogal - Joaquim Ascenso
2º Vogal - António Ferreira Inácio
1º Suplente - Maria Alice Fidalgo Tanoeiro Coelho
2º Suplente - Maria do Rosário Justo Amaro
3º Suplente - Carla Fidalgo Figueiredo

Concelho Fiscal:

Presidente - António Manuel Cardoso Peralta
1º Vogal - José Maria Ferreira Casaleiro
2º Vogal - Marcelo José Matos dos Santos


Assembleia-geral:

Presidente - Horácio Amaro Barreiro
Vice-presidente - Cristiano José da Silva Ferreira
Secretário - Tânia Filipe Almeida Freitas
Vogal - José Fidalgo Rosa



Texto: Cláudia Gomes e Luis Ascenso.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

RESENHA HISTÓRICA



PRÉ-HISTÓRIA


Os vales férteis privilegiaram a ocupação humana desde tempos imemoriais. Os primeiros sinais de presença humana no Chão Pardo, remontam ao paleolítico superior, onde as suas comunidades dependiam para a sua sobrevivência, da caça, pesca e da actividade recolectora.
Comprova-o os fragmentos de sílex (núcleos e lascas) encontrados em alguns terrenos agrícolas da localidade.

Estes fragmentos em sílex, a matéria-prima predilecta de então, serviriam para a manufactura dos instrumentos, onde as melhores lascas que se obtíam dariam para furadores, facas e raspadores.
Estas primeiras comunidades de caçadores recolectores afixar-se na localidade viviam em tendas, provavelmente de peles, ou mesmo “casas” cavadas no solo e cobertas com peles e palhas para se protegerem do frio.


ÉPOCA ROMANA


A estratégia de povoamento durante a romanização para esta região, que integra o território pertencente à cidade romana de então, a civitas de Collipo, passaria por uma ocupação ligada à exploração agrícola.

A existir, seriam pequenas e modestas unidades de exploração agrária uinifamiliares, que não as villae, designadas por quintas ou casais.

A falta de prospecções dirigidas na localidade para identificar este tipo de sitios, impossibilita que aqui se comprove este tipo de ocupação. A ser detectados vestígios materias, eles são em regra, fragmentos cerâmicos domésticas grosseiros ou cerâmicas de construção.


ÉPOCA MEDIEVAL E MODERNA


A povoação seria já importante com toda a certeza no século XVI, atingindo nesta altura uma dimensão considerável. Terra de romagem dispunha na época de casas para instalação dos romeiros deslocados em romaria, relizada no inicío de Maio, em dia de Invenção da Cruz.

A mais antiga referência conhecida à romaria, encontra-se no «Couseiro», manuscrito seiscentista de autor desconhecido, publicado pela primeira vez em 1868, onde constam várias informações dadas por de sacerdotes pertencentes à Diocese de Leiria.

A importância desta romaria era tal que era realizada uma feira pela altura da romagem à Senhora do Choupardo (assim desiganada popularmente).

Segundo o «Dicionário Geographico» a devoção pela Nossa Senhora da Piedade enfraqueceu a partir do segundo quartel do século XVIII, para retomar e proseguir com uma força redobrada até aos finais do século XIX, altura em que ainda se realizava a feira entre as imediações da capela e o centro do lugar. O centro da povoação, estava então assinalado por um cruzeiro, embutido numa parede, do qual aparentemnete não existem vestígios.


A CAPELA

A partir da descrição de Frei Agostinho de Santa Maria, em 1711, um cronista da Congregação dos Descalços de santo Agostinho, a antiguidade da capela de Chão Pardo é evidente, apesar de não se poder averiguar a época exacta em foi edificada.

O culto à Senhora da Piedade está referênciado pelo menos no século XVI, época em que poderá ter sido edificada a capela, a mando dos moradores e quiçá, esculpida a imagem extremamente venerada à época por ser considerada milagrosa.

O culto existe com toda a certeza nos finais do século XVI, sendo referido nos livros da igreja e freguesia do Juncal, onde existe referência ao compromisso de irmandade no ano de 1592, no qual se ordenava que se fizesse a sua festa no dia da Invenção da Cruz.

Porém as várias alterações e ampliações que o edifício sofreu ao longo do tempo não permitem chegar a uma data concreta acerca da sua fundação ou os motivos que levaram à sua edificação: se foi construída por especial devoção de algum devoto, ou se foi de facto pelos próprios moradores da localidade.

Nos mesmos registos paroquiais eram referidas as obras de reedificação e ampliação da capela quinhentista por volta de 1650, tendo sido decorada com ornamentos o que parece ter fortalecido ainda mais o culto que a imagem gozava.

Arquitectura da capela

A capela abobadada, possuía três altares, estando a imagem colocada no altar mor. Da antiga capela apenas sobreviveu uma pequena parte da sua estrutura inicial da qual se destacam parte das paredes e o altar-mor com o respectivo retábulo em talha setecentista.

A imagem

« …he de pedra esta Santa Imagem, tem tres palmos de estatura, he estofada, ou pintada ao antigo, com as roupas levantadas da escultura, e semeadas de rosas, e estrellas de ouro».

Frei Agostinho de santa Maria, (1711) «Santuário Mariano», tomo III, Liv. III, tít. XV, pp.330-332.

Segundo relatos de um cronista de inicios do século XVIII, Frei Agostinho de Santa Maria, a imagem da Senhora da Piedade data de uma fase anterior aos primórdios da nacionalidade. Julga-se que durante a perseguição dos cristãos pelos mouros, foi deixada ali por ser de pedra, não a podendo levar consigo na fuga.

Atendendo que Porto de Mós foi tomado aos Mouros entre 1140 e 1147, e, se considerar o ano da tomada de Santarém e Lisboa por D. Afonso Henriques, supõe-se que a imagem possa ser anterior ao século XII.

Texto: Claudia Gomes

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

QUE NOMES O NOME TEM



A origem do nome, está como é frequente, modelada pela imaginação popular. Conta a lenda que a terra deve o nome (Chão Pardo ou Choupardo), a uma árvore de imponentes dimensões que existiu no centro da povoação. Não se sabe quando foi cortada, nem de quantos homens seriam necessários para abraçar o seu tronco, mas é bem provável que a lenda esteja ligada a factos mais ou menos reais.

Certo é que em termos toponímicos, designa-se de chão aquelas povoações que se implantam em zonas planas. Conhecendo a realidade geográfica da terra assenta-lhe bem a designação: "Chão" – porque grande parte dela assenta num cabeço aplanado rodeado de terras férteis que desde a pé-história convidaram o homem a fixar-se.

O Chão Pardo, localiza-se administrativamente na freguesia do Juncal, concelho de Porto de Mós.

Conta actualmente com cerca de 300 habitantes, que continuam a ter como principal actividade económica a agricultura, com predomínio para a fruticultura onde a produção de pêra rocha e maçã se destacam. Tem ainda particular importância a actividade ligada ao transportes de pesados, com várias empresas sedeadas na localidade.

É em torno da associação recretiva e desportiva local que parte da população actualmente se congrega. É para divulgar estas iniciativas que se criou este blogue.

Nele, ao falarmos da terra, falaremos incontornavelmente das festas que aqui se fazem, não importa que sejam religiosas ou pagãs, desportivas ou culturais. O importante é que sejamos suficientemente aliciantes para atrair cada vez mais participantes nos eventos que o Chão Pardo faz.


Texto: Cláudia Gomes e Luis Ascenso